Isso me leva a pensar no poder que os arquitetos tem nas mãos. Um simples projeto é capaz de modificar as relações sociais e definir os grupos que ali convivem. Pode-se criar verdadeiros monstros ("Que porra de fachada é essa?") ou então definir um renascer social.
A qualificação do projeto tem muito a ver com um fator temido pelos arquitetos e um pesadelo que nos atormenta a cada semestre: o entorno. O edifício está isolado ou está ligado a outros prédios? Qual a função urbana que ele desempenha? É mais alto que os demais? Repete quais elementos? O seu estilo condiz com as outras edificações?
Cada projeto é único. Não se pode utilizar os mesmos parâmetros para julgar todos os casos. Torço apenas para que todos os projetos que eu ou meus colegas venham a desempenhar sejam capazes de produzir efeitos Guggenheim. Não precisa deixar a cidade a mais rica da região, mas pelo menos elevar a qualidade da cidade onde moramos e a auto-estima de seus habitantes.